quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

ARTE E CIÊNCIA: recebendo a pesquisadora Barbara Almeida (UFJF) - Encontro 6

No encontro do dia 16/02/2022 recebemos a professora e pesquisadora da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora). Ela desenvolve projetos na área de química inorgânica, com ênfase em química dos processos fotográficos e trabalhos de divulgação cientifica. Possui Bacharelado (1999) e Licenciatura (2000) em Química Fundamental pela UFJF, mestrado em Química Inorgânica também pela UFJF (2003) e doutorado em Química (Química Inorgânica) pela PUC-RJ (2008). Desenvolveu projeto de pós-doutorado no (CBPF). Tem experiência na área de Química Inorgânica, com ênfase em Química Bio-Inorgânica, atuando principalmente nos seguintes temas: síntese e caracterização de compostos de coordenação.




quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

5° encontro - Cianotipia

 No encontro do dia 09/02/2022, tivemos a apresentação da Carolina Braun. Ela é uma artista visual e artista-docente em formação, possuindo mestrado em Memória Social com ênfase no diálogo entre memória, fotografia e teoria da imagem. Sua produção artística enfoca os processos fotográficos históricos do século XIX (em especial a Cianotipia e Goma Bicromatada), buscando experimentações em suportes diversos como o vidro, cerâmica, tecido e papéis; paralelamente, desenvolve atividades voltadas à pintura (têmpera e óleo) e à prática de cerâmica. Atualmente é graduanda de licenciatura na Faculdade Paulista de Artes.

Caso queira conhecer mais de seu trabalho siga ela em seu instagram: https://www.instagram.com/aescafandrista__/ 
 


Carolina Braun

Cianotipos sobre vidro - Odoya~

Cianotipia sobre bulbo de vidro

Cianotipia em camisa de linho~


Os cursista puderam  fazer perguntas sobre seu processo criativo, sua poética e compreender como a cianotipia pode ocorrer na superfície do vidro.



terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Investigações indica: "Antotipia: processo de impressão fotográfica"


Antotipia de Myra Gonçalves, "Sem título", cópia em papel de algodão

A dissertação de mestrado "Antotipia: processo de impressão fotográfica", desenvolvida por André Leite Coelho e orientada por Luiz Guimarães Monforte é um ótimo material de estudo sobre a técnica de antotipia. Segue o resumo do texto:

"Esta pesquisa tem como propósito investigar uma técnica de impressão fotográfica chamada antotipia. Praticamente esquecida pela história da fotografia, a antotipia se vale de fotossensibilidade dos pigmentos vegetais contidos nas flores para produzir impressões que se caracterizam por sua qualidade monocromática, baixa gama de contraste e efemeridade. A partir da perspectiva historiográfica de Walter Benjamin, testemunhos como manuais de fotografia e artigos científicos oriundos do século XIX são observados, criticados e analisados historicamente. Os procedimentos artesanais envolvidos na prática da antotipia são então testados e organizados numa metodologia prática, de modo a resgatar este processo de impressão para o contexto contemporâneo. Os conteúdos estudados ao longo da pesquisa são então interpretados e traduzidos visualmente na série de fotografias impressas em antotipia chamado Atlas Oblivion."


Boa leitura!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

ANTOTIPIA, FITOTIPIA E CIANOTIPIA - 4º Encontro - 2022.1

No encontro do dia 02/02/2022, além das experimentações dos cursistas, também introduzimos uma nova técnica artesanal histórica da fotografia, a  Cianotipia. Vejam um resumo do nosso encontro! 


Investigações dos cursistas: 



Fitotipia da cursista

Antotipia da cursista Mel

Investigação da cursista Thais


Cursista Thais

Cursista Thais


Experimentação da cursista Sônia Oliveira 


Experimentação da cursista Sônia Oliveira 


Investigação do bolsista Mateus Carlos 


Antótipos do Mateus Carlos 


Bolsista Mateus Carlos 

Antotipia do bolsista Thales


Antotipia do bolsista Thales

CIANOTIPIA

A cianotipia foi inventada em 1842, pelo cientista John Herschel (1792-1871). Ele descobriu que o sais férricos (Ferrocianeto de potássio junto com o Citrato Férrico Amoniacal de cristais verdes) produzem uma química fotossensível. 

Uma das páginas do caderno de pesquisa do John Herschel,  mostrando anotações e investigações sobre  o processo da Cianotipia.



John Herschel apresentou a presente técnica a botânica Anna Atkins, que utilizou para catalogar espécies de algas. Esse inventario de plantas é considerado o primeiro livro fotográfico da história (Photographs of British Algae: Cyanotype Impressions - 1843) . 



Com a criação da câmera fotográfica e com o desenvolvimento tecnológico e continuo de produção da imagem, a cianotipia acaba sendo deixada de lado, protagonizando apenas papeis secundários, como: impressão para projetos arquitetônicos ou testes de impressão de negativos fotográficos.  

Só com a arte contemporânea que a cianotipia é resgatada, e é investigada pelos artistas como um processo com um discurso artístico - experimental. Assim a técnica ganha possibilidades e formatos nunca antes visto.



Outras Referências:

Tasha Lewis artista norte americana que produz a maioria da sua pesquisa artística em cianotipia. “embora quase todo o meu trabalho seja tridimensional, ainda considero minha arte no domínio fotográfico. Sinto-me atraído pela cianotipia tanto por sua história, quanto por sua flexibilidade. Minha atual pesquisa no trabalho é elaborado a partir de uma investigação sobre o contexto cultural/científico/histórico em que o cianotipo nasceu. 

Popularizado por cientistas e botânicos em particular, o cianotipo está intrinsecamente ligado ao boom da gravação científica do final do século XIX e início do século XX. Estes são os tempos do gabinete de curiosidades, as gravuras de Anna Atkins e uma corrida de exploradores/cientistas para terras coloniais para trazer de volta espécimes de ecossistemas estrangeiros. A cianotipia é um processo de documentação. A imagem resultante — que é a base de todo o meu trabalho — é uma espécie de substituto científico do objeto real em questão. Percebi que há algo muito estático na maneira como registramos a natureza – uma força que é tudo menos estática. Minhas peças, em manadas ou enxames, têm uma espécie de rebeldia inata. Eles saem de superfícies que esperamos que sejam sólidas e, ao fazê-lo, estão lançando um ataque ao nosso espaço pessoal”. Trecho retirado: https://aferro.org/2017/11/17/tasha-lewis/
Tradução livre 









Indicação: Mais informações sobre a artista pesquisar e também para conhecer outros trabalhos dela acessar o site oficial: https://www.tashalewis.info/


Meghann Riepenhoff 

Outra artista que apresentamos no encontro foi a Meghann Riepenhoff (1979), de São Francisco - EUA. Estudando as cianotipias de Anna Atkins, do século 19, a artista sentiu uma motivação para largar a câmera e mergulhar na fotografia artesanal. Os trabalhos dela nascem do fascínio pela natureza, das nossas relações com a paisagem, o sublime, o tempo e a impermanência. 

Deriva Litoral

Um de seus trabalhos é intitulado Littoral Drift, que é um termo geológico que descreve a ação das ondas impulsionadas pelo vento que transportam areia e cascalho, a série consiste em cianotipos sem câmera feitos em colaboração com a paisagem e o oceano, nas bordas de ambos. Os elementos que emprego no processo – ondas, chuvas, ventos e sedimentos – deixam inscrições físicas pelo contato direto com materiais fotográficos. Fotoquimicamente, as peças nunca são totalmente processadas; eles continuarão a mudar ao longo do tempo em resposta aos ambientes que encontrarem. Como parte do projeto maior, refotografo seletivamente momentos na evolução das imagens, para gerar uma série de registros estáticos de um processo transitório. As imagens progressivas são apresentadas como polípticos. Talvez onde os cianotipos fugitivos sejam analogias para uma existência terrivelmente fugaz e bela, o processo de refotografá-los seja uma metáfora para a incorporação e mediação da fotografia na experiência humana contemporânea








Marés de Muybridge 

Em 1800, Eadweard Muybridge mudou nossa compreensão do mundo ao nosso redor usando fotografia para ilustrar o movimento. Em resposta ao seu trabalho central, rapidamente submerjo folhas de papel cianotipado ao longo do mar, criando uma espécie de registro em stop motion de ondas e correntes






Gráficos de maré

Tidal Chart II: Previsões diárias de marés da NOAA, Baía de São Francisco. Há um elemento para cada dia da exposição, quarenta e nove no total. A cada dia, um elemento é cortado para representar as marés mais altas e mais baixas da Baía, conforme previsto pela National Oceanic and Atmospheric Association.




Todos os textos e imagens foram retirados do site: http://meghannriepenhoff.com/
Tradução livre


ATIVIDADE:

Façam a sua cianotipia e tragam o resultado na próxima aula !

O passo-a-passo para executar a técnica está neste outro post no blog do projeto :http://investigacoesfotograficas.blogspot.com/2014/04/cianotipia-o-registro-da-luz-quimica.html

Vocês podem usar o youtube também para verem diversas formas de como fazer a cianotipia, segue um vídeo: