quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Terceiro encontro presencial - Antotipia - 12/11/2022


 Neste encontro abordamos a  Antotipia, que é um processo histórico da fotografia, que se utiliza da fotossensibilidade de pigmentos extraídos das flores, frutos, legumes e folhas. 

Os cursistas foram apresentados ao processo, a sua história e também artistas que se utilizam da Antotipia como poética artística. 

Vamos realizar o processo? Então segue o passo a passo: Escolher uma flor, vegetal, legume, folha. Macerar ou bater no liquidificador. Depois extrair e coar o suco para aquisição do pigmento. E por fim tingir o papel. 


Abaixo o passo a passo da cursista Ana Clara Silveira que montou suas antotipias durante a aula. Ela fez papeis de beterraba e café, sobrepôs com suas transparências, onde as organizou sobre um porta retrato com vidro. 


Links utilizados na aula :

História da Antotipia: https://www.alternativephotography.com/the-history-of-anthotypes/
Artista Francis Schanberger:  https://francisschanberger.com/home.html
Artista FENIA  KOTSOPOULOU : https://feniakotsopoulou.wixsite.com/artist/performanceledresearch


quinta-feira, 10 de novembro de 2022

2° live - PENSAR COM LUZ - Arte e Ciência - Bruno Caldas Vianna e Natália Amarinho.

 




Material mencionados ao longo da live: 

Decolonialidade e Tecnologia  artigo sobre o assunto (https://arxiv.org/pdf/2009.14258.pdf
Grupo de estudos acerca disso é : https://digilabour.com.br/limits-of-decolonial-debate-in-internet-studies-online-roundtable/
Filmes do projeto Comciencia na arte - Natália Amarinho :  https://www.youtube.com/playlist?list=PLHNn5K10THZplM902w6VdcZ0RzkFUX7UP
Ressaca filme: 
https://www.youtube.com/watch?v=0u1yclITz44
Invisibles filme : 
https://www.youtube.com/watch?v=x7SoMXr18KI       
Artigo Bruno Caldas:   
https://taju.uniarts.fi/bitstream/handle/10024/7496/Caldas_Knowledge_art_Artech_Final_draft.pdf?sequence=1&isAllowed=y   
A ameaça nada sutil do Colonialismo Digital: https://outraspalavras.net/tecnologiaemdisputa/a-ameaca-nada-sutil-do-colonialismo-digital/
Racismo estrutural: uma perspectiva histórico-crítica : https://library.fes.de/pdf-files/bueros/brasilien/18111.pdf




sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Segundo encontro presencial 05/11/2022

 Fitotipia - Clorophyll print


No nosso segundo encontro presencial abordamos o processo histórico da fotografia: Antotipia, que se utiliza da fotossensibilidade das folhas.

Abordamos o processo, o seu passo-a-passo e também apresentamos alguns artistas que se utilizam da Antotipia na contemporaneidade.

Passo-a-passo da cursista Rafaella Sant'Anna:  



1) Escolha a transparência/imagem - coloque sobre o vidro do porta retrato.

2) Coloque a folha / planta escolhida sobre  o vidro e a transparência. 

3) Depois coloque duas folhas de papel toalha. 

4) Finalize fechando o porta retrato. 

5) Exponha o sol durante alguns dias.

6) Não esqueça de registrar o processo! 


Referências apresentadas em aula: 

História da fotografia - Os inventores: https://www.youtube.com/watch?v=WMnu4xq2OJI&t=58s&ab_channel=monsieurcouvreur

Passo-a-passo: https://www.youtube.com/watch?v=R0_7i5yddpM&ab_channel=StudioAlmudenaRomero

Artista Felipe Camilo - Perecível : https://www.youtube.com/watch?v=Uw62UrDnD8I&ab_channel=felipecamilo

Artista Binh Danh: https://www.youtube.com/watch?v=ZknDzj0GLZs&ab_channel=Nostalghia 

The chlorophyll process - https://www.alternativephotography.com/
the-chlorophyll-process/


quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Livro virtual: processos fotográficos artesanais: arte e ciência dialogando






Link para o livro - para acessar clique aqui 



Foto-livro-virtual com as cianotipias dos estudantes dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio da EPSJV - Fiocruz. Orientado pela prof Verônica Soares.

sábado, 22 de outubro de 2022

Primeiro encontro presencial - 22/10/2022

Neste primeiro encontro (22/10) no CAp-UFRJ aconteceram as apresentações do grupo de cursistas (estudantes de ensino médio, estudantes de graduação, professores e artistas visuais). Também houve a apresentação do projeto e o que investigamos ao longo desses nove anos. 


As práticas do artista e educador Miguel Chikaoka nortearam nosso primeiro encontro com sua metodologia e reflexões sobre a formação da imagem e conhecimento da luz. Ele será o nosso primeiro convidado do encontro remoto da próxima quarta-feira (26/10), que será exibido no nosso canal do youtube.
 





Construímos câmeras escuras de papel cartão com o método do Chikaoka,  mergulhamos nas experiências do cinema baldio da Rosa Bunchaft e adentramos numa câmera escura de grande formato, discutimos e refletimos sobre a formação de imagem e a passagem dos raios de luz. 



 




Para um maior aprofundamento acerca dos artistas e temas discutidos em aula: 

Entrevista para ZUM, Miguel Chikaoka fala sobre sua formação e trajetória fotográfica

Livro: Navegante da luz, Miguel Chikaoka
https://issuu.com/kamarakogaleria/docs/navegante_da_luz_issuu

Passo a passo da montagem da Camera Escura com a metodologia do Miguel Chikaoka 
https://www.youtube.com/watch?v=FtVxoiidMq8&t=1020s

Livro: Possibilidades da Camera Obscura

Camera Escura trem - Rosa Bunchaft

David Hockney e o Conhecimento Secreto - Documentário (2003) 




quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

ARTE E CIÊNCIA: recebendo a pesquisadora Barbara Almeida (UFJF) - Encontro 6

No encontro do dia 16/02/2022 recebemos a professora e pesquisadora da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora). Ela desenvolve projetos na área de química inorgânica, com ênfase em química dos processos fotográficos e trabalhos de divulgação cientifica. Possui Bacharelado (1999) e Licenciatura (2000) em Química Fundamental pela UFJF, mestrado em Química Inorgânica também pela UFJF (2003) e doutorado em Química (Química Inorgânica) pela PUC-RJ (2008). Desenvolveu projeto de pós-doutorado no (CBPF). Tem experiência na área de Química Inorgânica, com ênfase em Química Bio-Inorgânica, atuando principalmente nos seguintes temas: síntese e caracterização de compostos de coordenação.




quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

5° encontro - Cianotipia

 No encontro do dia 09/02/2022, tivemos a apresentação da Carolina Braun. Ela é uma artista visual e artista-docente em formação, possuindo mestrado em Memória Social com ênfase no diálogo entre memória, fotografia e teoria da imagem. Sua produção artística enfoca os processos fotográficos históricos do século XIX (em especial a Cianotipia e Goma Bicromatada), buscando experimentações em suportes diversos como o vidro, cerâmica, tecido e papéis; paralelamente, desenvolve atividades voltadas à pintura (têmpera e óleo) e à prática de cerâmica. Atualmente é graduanda de licenciatura na Faculdade Paulista de Artes.

Caso queira conhecer mais de seu trabalho siga ela em seu instagram: https://www.instagram.com/aescafandrista__/ 
 


Carolina Braun

Cianotipos sobre vidro - Odoya~

Cianotipia sobre bulbo de vidro

Cianotipia em camisa de linho~


Os cursista puderam  fazer perguntas sobre seu processo criativo, sua poética e compreender como a cianotipia pode ocorrer na superfície do vidro.



terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Investigações indica: "Antotipia: processo de impressão fotográfica"


Antotipia de Myra Gonçalves, "Sem título", cópia em papel de algodão

A dissertação de mestrado "Antotipia: processo de impressão fotográfica", desenvolvida por André Leite Coelho e orientada por Luiz Guimarães Monforte é um ótimo material de estudo sobre a técnica de antotipia. Segue o resumo do texto:

"Esta pesquisa tem como propósito investigar uma técnica de impressão fotográfica chamada antotipia. Praticamente esquecida pela história da fotografia, a antotipia se vale de fotossensibilidade dos pigmentos vegetais contidos nas flores para produzir impressões que se caracterizam por sua qualidade monocromática, baixa gama de contraste e efemeridade. A partir da perspectiva historiográfica de Walter Benjamin, testemunhos como manuais de fotografia e artigos científicos oriundos do século XIX são observados, criticados e analisados historicamente. Os procedimentos artesanais envolvidos na prática da antotipia são então testados e organizados numa metodologia prática, de modo a resgatar este processo de impressão para o contexto contemporâneo. Os conteúdos estudados ao longo da pesquisa são então interpretados e traduzidos visualmente na série de fotografias impressas em antotipia chamado Atlas Oblivion."


Boa leitura!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

ANTOTIPIA, FITOTIPIA E CIANOTIPIA - 4º Encontro - 2022.1

No encontro do dia 02/02/2022, além das experimentações dos cursistas, também introduzimos uma nova técnica artesanal histórica da fotografia, a  Cianotipia. Vejam um resumo do nosso encontro! 


Investigações dos cursistas: 



Fitotipia da cursista

Antotipia da cursista Mel

Investigação da cursista Thais


Cursista Thais

Cursista Thais


Experimentação da cursista Sônia Oliveira 


Experimentação da cursista Sônia Oliveira 


Investigação do bolsista Mateus Carlos 


Antótipos do Mateus Carlos 


Bolsista Mateus Carlos 

Antotipia do bolsista Thales


Antotipia do bolsista Thales

CIANOTIPIA

A cianotipia foi inventada em 1842, pelo cientista John Herschel (1792-1871). Ele descobriu que o sais férricos (Ferrocianeto de potássio junto com o Citrato Férrico Amoniacal de cristais verdes) produzem uma química fotossensível. 

Uma das páginas do caderno de pesquisa do John Herschel,  mostrando anotações e investigações sobre  o processo da Cianotipia.



John Herschel apresentou a presente técnica a botânica Anna Atkins, que utilizou para catalogar espécies de algas. Esse inventario de plantas é considerado o primeiro livro fotográfico da história (Photographs of British Algae: Cyanotype Impressions - 1843) . 



Com a criação da câmera fotográfica e com o desenvolvimento tecnológico e continuo de produção da imagem, a cianotipia acaba sendo deixada de lado, protagonizando apenas papeis secundários, como: impressão para projetos arquitetônicos ou testes de impressão de negativos fotográficos.  

Só com a arte contemporânea que a cianotipia é resgatada, e é investigada pelos artistas como um processo com um discurso artístico - experimental. Assim a técnica ganha possibilidades e formatos nunca antes visto.



Outras Referências:

Tasha Lewis artista norte americana que produz a maioria da sua pesquisa artística em cianotipia. “embora quase todo o meu trabalho seja tridimensional, ainda considero minha arte no domínio fotográfico. Sinto-me atraído pela cianotipia tanto por sua história, quanto por sua flexibilidade. Minha atual pesquisa no trabalho é elaborado a partir de uma investigação sobre o contexto cultural/científico/histórico em que o cianotipo nasceu. 

Popularizado por cientistas e botânicos em particular, o cianotipo está intrinsecamente ligado ao boom da gravação científica do final do século XIX e início do século XX. Estes são os tempos do gabinete de curiosidades, as gravuras de Anna Atkins e uma corrida de exploradores/cientistas para terras coloniais para trazer de volta espécimes de ecossistemas estrangeiros. A cianotipia é um processo de documentação. A imagem resultante — que é a base de todo o meu trabalho — é uma espécie de substituto científico do objeto real em questão. Percebi que há algo muito estático na maneira como registramos a natureza – uma força que é tudo menos estática. Minhas peças, em manadas ou enxames, têm uma espécie de rebeldia inata. Eles saem de superfícies que esperamos que sejam sólidas e, ao fazê-lo, estão lançando um ataque ao nosso espaço pessoal”. Trecho retirado: https://aferro.org/2017/11/17/tasha-lewis/
Tradução livre 









Indicação: Mais informações sobre a artista pesquisar e também para conhecer outros trabalhos dela acessar o site oficial: https://www.tashalewis.info/


Meghann Riepenhoff 

Outra artista que apresentamos no encontro foi a Meghann Riepenhoff (1979), de São Francisco - EUA. Estudando as cianotipias de Anna Atkins, do século 19, a artista sentiu uma motivação para largar a câmera e mergulhar na fotografia artesanal. Os trabalhos dela nascem do fascínio pela natureza, das nossas relações com a paisagem, o sublime, o tempo e a impermanência. 

Deriva Litoral

Um de seus trabalhos é intitulado Littoral Drift, que é um termo geológico que descreve a ação das ondas impulsionadas pelo vento que transportam areia e cascalho, a série consiste em cianotipos sem câmera feitos em colaboração com a paisagem e o oceano, nas bordas de ambos. Os elementos que emprego no processo – ondas, chuvas, ventos e sedimentos – deixam inscrições físicas pelo contato direto com materiais fotográficos. Fotoquimicamente, as peças nunca são totalmente processadas; eles continuarão a mudar ao longo do tempo em resposta aos ambientes que encontrarem. Como parte do projeto maior, refotografo seletivamente momentos na evolução das imagens, para gerar uma série de registros estáticos de um processo transitório. As imagens progressivas são apresentadas como polípticos. Talvez onde os cianotipos fugitivos sejam analogias para uma existência terrivelmente fugaz e bela, o processo de refotografá-los seja uma metáfora para a incorporação e mediação da fotografia na experiência humana contemporânea








Marés de Muybridge 

Em 1800, Eadweard Muybridge mudou nossa compreensão do mundo ao nosso redor usando fotografia para ilustrar o movimento. Em resposta ao seu trabalho central, rapidamente submerjo folhas de papel cianotipado ao longo do mar, criando uma espécie de registro em stop motion de ondas e correntes






Gráficos de maré

Tidal Chart II: Previsões diárias de marés da NOAA, Baía de São Francisco. Há um elemento para cada dia da exposição, quarenta e nove no total. A cada dia, um elemento é cortado para representar as marés mais altas e mais baixas da Baía, conforme previsto pela National Oceanic and Atmospheric Association.




Todos os textos e imagens foram retirados do site: http://meghannriepenhoff.com/
Tradução livre


ATIVIDADE:

Façam a sua cianotipia e tragam o resultado na próxima aula !

O passo-a-passo para executar a técnica está neste outro post no blog do projeto :http://investigacoesfotograficas.blogspot.com/2014/04/cianotipia-o-registro-da-luz-quimica.html

Vocês podem usar o youtube também para verem diversas formas de como fazer a cianotipia, segue um vídeo:









quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

FITOTIPIA - ainda sobre o 3º Encontro - 2022.1


FITOTIPIA - A ARTE COMO REFERÊNCIA

No encontro de 26 de janeiro apresentamos alguns artistas que se utilizam da fotossíntese nos seus processos de criação.

Primeiro apresentamos os artistas visuais britânicos Heather Ackroyd & Dan Harvey, que cruzam arte, ativismo, arquitetura, biologia, ecologia e história em seus trabalhos. Possuem um trabalho fotográfico multipremiado, no qual se utilizam da superfície altamente sensível à luz de lâminas de mudas de grama criando uma forma única de fotografia, imprimindo imagens complexas no material vivo através da produção controlada de clorofila.

Ackroyd&Harvey. Banhistas, 2000.

Sobre este trabalho em especial:

“As obras de Paradise Now investigam questões e preocupações urgentes desencadeadas pela modificação das células humanas, da natureza e dos alimentos, e oferecem aos espectadores a oportunidade de prestar mais atenção aos avanços dramáticos da ciência e refletir sobre as fronteiras entre a ciência e a imaginação humana”. (Extrato do catálogo Paradise Now )

“Banhos de sol: na praia de Aberystwyth duas figuras reclinadas emergem da grama e se fundem nela, ao mesmo tempo fixas e efêmeras. Subvertendo nossa ideia de tomar sol no jardim, esses banhistas estão literalmente 'dentro' de um prado. Os seixos em que se deitam, transformando-se em folhas de grama, recuam na distância para se metamorfosear em constelações. As pessoas 'tornaram-se' paisagem, as pedras 'tornaram-se' céu.” (Extrato de A Potent Art de Leslie Forbes do catálogo Sunbathers)

 

Ackroyd&Harvey. Testamento. Hangar Bicocca, Milan, 2011

Ainda sobre o trabalho fotossintético de Ackroyd&Harvey:

Nos últimos dez anos, Heather Ackroyd e Dan Harvey têm usado a grama como um meio fotográfico vivo. (...) Explorando a sensibilidade à luz da grama jovem em crescimento, eles imprimem imagens fotográficas na grama cultivada verticalmente, de modo que a imagem fique no comprimento da lâmina, em vez de dispersa nas pontas. À medida que a grama cresce, a imagem fica mais nítida. Quanto mais longe você estiver da imagem, maior será a resolução – mais distinta ela será. Mas o tempo, é claro, está embutido na fragilidade dessas aparições de clorofila. Sabemos que a imagem vai desaparecer, a grama vai amarelar e morrer. O desaparecimento gradual da visão da imagem, da memória, da vida, está implícito no que estamos olhando. [Extrato do texto Passing Presence, de Tracey Warr, disponível em https://www.ackroydandharvey.com/testament/ ]



Também apresentamos o artista vietnamita Binh Danh.





Binh Danh. Altares Ancestrais, 2005-2010.


Sobre este trabalho - ALTARES ANCESTRAIS - o artista afirma:

 

"Em 1975-79, quase 2 milhões de pessoas perderam suas vidas por assassinato e fome quando o Khmer Vermelho forçou a população urbana a ir para o campo para cumprir seu ideal de uma sociedade agrária. O Khmer Vermelho - organizado por seu líder Pol Pot - prendeu, torturou e acabou executando qualquer pessoa suspeita de pertencer a várias categorias de supostos "inimigos", como estrangeiros de etnia vietnamita. Em uma Prisão de Segurança de codinome S-21, que já foi uma escola, 14.000 homens, mulheres e crianças foram torturados e mortos. Seu testemunho foi meticulosamente documentado para justificar sua execução. Quando o Camboja foi libertado pelos vietnamitas em 1979, apenas uma dúzia sobreviveu ao S-21.

Ao visitar este museu, documentei grande parte do interior. Vaguei pelos quartos e corredores e imaginei o horror acontecendo na minha frente. Como parte do depoimento das vítimas, foram feitas fotografias delas. Hoje, o que resta da memória dessas pessoas são salas e salas desses retratos. Os retratos são testemunhas da história e falam conosco, nos responsabilizando. Para honrar essas vidas, fiz altares dos mortos — um lugar onde podemos meditar sobre a história, o momento presente e nossa própria mortalidade. Acredito que mesmo diante da verdade de que um dia morreremos, podemos viver uma vida boa e fazer o bem aos outros."


Outro trabalho do artista - IMORTALIDADE: OS REMANESCENTES DA GUERRA - aborda a Guerra do Vietnã. 
Para o artista:

“As imagens da guerra fazem parte das folhas, e vivem dentro e fora delas. As folhas expressam o continuum da guerra. Eles contêm os resíduos da Guerra do Vietnã: bombas, sangue, suor, lágrimas e metais. Os mortos foram incorporados à paisagem do Vietnã durante os ciclos de nascimento, vida e morte; através da reciclagem e transformação de materiais e da criação de novos materiais. Como a matéria não é criada nem destruída, mas apenas transformada, os resquícios do Vietnã e da Guerra Americana vivem para sempre na paisagem vietnamita.”


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Binh Danh. Imortalidade: os remanescentes da guerra. Fitotipia, série.




Binh Danh. Imortalidade: os remanescentes da guerra. Fitotipia, série.





Referências


https://www.ackroydandharvey.com
http://binhdanh.com/projects.html