No encontro do dia 02/02/2022, além das experimentações dos cursistas, também introduzimos uma nova técnica artesanal histórica da fotografia, a Cianotipia. Vejam um resumo do nosso encontro!
Investigações dos cursistas:
Fitotipia da cursista |
Antotipia da cursista Mel |
Investigação da cursista Thais |
Cursista Thais |
Cursista Thais |
Experimentação da cursista Sônia Oliveira |
Antótipos do Mateus Carlos |
CIANOTIPIA
A cianotipia foi inventada em 1842, pelo cientista John Herschel (1792-1871). Ele descobriu que o sais férricos (Ferrocianeto de potássio junto com o Citrato Férrico Amoniacal de cristais verdes) produzem uma química fotossensível.
Uma das páginas do caderno de pesquisa do John Herschel, mostrando anotações e investigações sobre o processo da Cianotipia. |
John Herschel apresentou a presente técnica a botânica Anna Atkins, que utilizou para catalogar espécies de algas. Esse inventario de plantas é considerado o primeiro livro fotográfico da história (Photographs of British Algae: Cyanotype Impressions - 1843) .
Com a criação da câmera fotográfica e com o desenvolvimento tecnológico e continuo de produção da imagem, a cianotipia acaba sendo deixada de lado, protagonizando apenas papeis secundários, como: impressão para projetos arquitetônicos ou testes de impressão de negativos fotográficos.
Só com a arte contemporânea que a cianotipia é resgatada, e é investigada pelos artistas como um processo com um discurso artístico - experimental. Assim a técnica ganha possibilidades e formatos nunca antes visto.
Outras Referências:
Tasha Lewis artista norte americana que produz a maioria da sua pesquisa artística em cianotipia. “embora quase todo o meu trabalho seja tridimensional, ainda considero minha arte no domínio fotográfico. Sinto-me atraído pela cianotipia tanto por sua história, quanto por sua flexibilidade. Minha atual pesquisa no trabalho é elaborado a partir de uma investigação sobre o contexto cultural/científico/histórico em que o cianotipo nasceu.
Popularizado por cientistas e botânicos em particular, o cianotipo está intrinsecamente ligado ao boom da gravação científica do final do século XIX e início do século XX. Estes são os tempos do gabinete de curiosidades, as gravuras de Anna Atkins e uma corrida de exploradores/cientistas para terras coloniais para trazer de volta espécimes de ecossistemas estrangeiros. A cianotipia é um processo de documentação. A imagem resultante — que é a base de todo o meu trabalho — é uma espécie de substituto científico do objeto real em questão. Percebi que há algo muito estático na maneira como registramos a natureza – uma força que é tudo menos estática. Minhas peças, em manadas ou enxames, têm uma espécie de rebeldia inata. Eles saem de superfícies que esperamos que sejam sólidas e, ao fazê-lo, estão lançando um ataque ao nosso espaço pessoal”. Trecho retirado: https://aferro.org/2017/11/17/tasha-lewis/
Tradução livre
Indicação: Mais informações sobre a artista pesquisar e também para conhecer outros trabalhos dela acessar o site oficial: https://www.tashalewis.info/
Meghann Riepenhoff
Outra artista que apresentamos no encontro foi a Meghann Riepenhoff (1979), de São Francisco - EUA. Estudando as cianotipias de Anna Atkins, do século 19, a artista sentiu uma motivação para largar a câmera e mergulhar na fotografia artesanal. Os trabalhos dela nascem do fascínio pela natureza, das nossas relações com a paisagem, o sublime, o
tempo e a impermanência.
Deriva Litoral
Um de seus trabalhos é intitulado Littoral Drift, que é um termo geológico que descreve a ação das ondas
impulsionadas pelo vento que transportam areia e cascalho, a série consiste em cianotipos sem
câmera feitos em colaboração com a paisagem e o oceano, nas bordas de ambos. Os elementos que
emprego no processo – ondas, chuvas, ventos e sedimentos – deixam inscrições físicas pelo contato
direto com materiais fotográficos.
Fotoquimicamente, as peças nunca são totalmente processadas; eles continuarão a mudar ao longo
do tempo em resposta aos ambientes que encontrarem. Como parte do projeto maior, refotografo
seletivamente momentos na evolução das imagens, para gerar uma série de registros estáticos de um
processo transitório. As imagens progressivas são apresentadas como polípticos. Talvez onde os
cianotipos fugitivos sejam analogias para uma existência terrivelmente fugaz e bela, o processo de
refotografá-los seja uma metáfora para a incorporação e mediação da fotografia na experiência
humana contemporânea
Em 1800, Eadweard Muybridge
mudou nossa compreensão do
mundo ao nosso redor usando
fotografia para ilustrar o movimento.
Em resposta ao seu trabalho central,
rapidamente submerjo folhas de
papel cianotipado ao longo do mar,
criando uma espécie de registro em
stop motion de ondas e correntes
Gráficos de maré
Tidal Chart II: Previsões diárias de
marés da NOAA, Baía de São
Francisco. Há um elemento para cada
dia da exposição, quarenta e nove no
total. A cada dia, um elemento é
cortado para representar as marés
mais altas e mais baixas da Baía,
conforme previsto pela National
Oceanic and Atmospheric
Association.
Todos os textos e imagens foram retirados do site: http://meghannriepenhoff.com/
Tradução livre
ATIVIDADE:
Façam a sua cianotipia e tragam o resultado na próxima aula !
O passo-a-passo para executar a técnica está neste outro post no blog do projeto :http://investigacoesfotograficas.blogspot.com/2014/04/cianotipia-o-registro-da-luz-quimica.html
ATIVIDADE:
Façam a sua cianotipia e tragam o resultado na próxima aula !
O passo-a-passo para executar a técnica está neste outro post no blog do projeto :http://investigacoesfotograficas.blogspot.com/2014/04/cianotipia-o-registro-da-luz-quimica.html
Vocês podem usar o youtube também para verem diversas formas de como fazer a cianotipia, segue um vídeo:
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